Nesta brincadeira com a fantasia heroica, um dos mitológicos anões nórdicos vê-se perdido no Brasil pré-descobrimento, por pura escolha. Preguiçoso e dado à vida boêmia, Hogar acredita ter achado no Brasil o paraíso.
Seu sossego termina quando uma (familiar) força misteriosa vinda do Norte persegue-o com o intuito de destruir tudo que ele mais preza — sua vida, inclusive.
Para salvar-se, Hogar precisará arriscar tudo: seu sossego, seu estoque de licores especiais fermentados a partir de frutas e, eventualmente, seu pescoço.
“— Nunca pensei a respeito disso. O danado é pequeno mesmo. Se andar atrás da gente na floresta, vai estar com o nariz bem mal posicionado.
— Mal posicionado pra ele e pra gente. Será que o ar que ele respira é diferente? Gases diferentes e coisa parecida.
— Será que ele só vive meia vida, e alguém em algum outro lugar, um outro Hogar, está vivendo a outra metade dessa vida?”
Com a ajuda das minhas amigas do Acará Estúdio Gráfico, apresento as primeiras páginas para dar uma ideia de como o livro poderá ficar depois de diagramado.
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Ler Hogar
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Ler Hogar na Janela 2
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Ler Hogar na Janela 3
“Ele era um dentre quinze, acostumado a ouvir seus pais dizerem que possuíam catorze filhos, e o Hogar. Enquanto alguns são a ovelha negra da família, Hogar era todo um rebanho de ovelhas desprovidas de lã, perdidas entre uma manada de touros.”
Meu nome é Victor Franch Vargas. Gosto de montanhas, livros e café, o que me torna um clichê ambulante no quesito autor de primeira viagem. Hogar não é minha primeira história, no entanto, assumo que não quero falar sobre as outras no momento.
Escrito em um caderninho Tilibra de 96 páginas, sem capa, Hogar foi rabiscado em filas, salas de espera, congestionamentos e recepções, o que reflete diretamente na qualidade do material. O que começou como um exercício em sentenças curtas, tornou-se organicamente uma história mais longa, sobre o anão nórdico, preguiçoso e boêmio, que vinha parar em praias brasileiras.
Costumo tagarelar sobre Hogar com muita animação pra conquistar o público. Às vezes funciona!
Tenho trinta e dois anos e minha cor predileta é vermelho, caso isso seja relevante de alguma forma.
“Sentindo a confiança aflorar em seu íntimo, Hogar levantou a espada Jaguar e voltou a assumir sua postura de estátua, preparado para aparar ou defletir ou realizar uma das muitas manobras de combate complexas que ele se lembrava vagamente de ter estudado, há décadas, no Norte.”
A arte da capa, o personagem e os desenhos internos dessa primeira apresentação de Hogar foram criados pelo artista visual Vagner Vargas, vulgo "Meu Pai". A ilustração da capa foi um presente de aniversário, e os desenhos do miolo foram fruto de muito lobby familiar. A inspiração veio do reservatório multicultural que o Sr. Vagner possui nos recônditos mentais, indo desde séries de ficção científica B até desenhos com qualidade duvidosa.
Já o mapa, que aqui funciona como uma piada visual sobre um problema que tenho recorrente, teve paternidade assinada pelo Leonardo, um amigo de longa data.
Por sua vez, a diagramação tão arrojada, com detalhes tão amigáveis e esbeltos, é obra das amigas do Estúdio Acará, Elisa e Eliana, responsáveis pelo projeto gráfico desse projeto.
“Foi então que ouviu-se o segundo grito, que pode ser descrito como o grito capaz de causar aquele primeiro grito. Era visceral e antigo, com uma entonação que remetia às próprias raízes do ser. Certas vozes quebram taças e partem espelhos. Esta voz quebrava homens e partia almas.”
Caso tenha interesse em me ajudar a publicar “Hogar, o indomável”, mande um e-mail para mim no victhor.vargas@gmail.com ou envie o formulário abaixo