Page 25 - Hogar o Indomável
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Hogar, o indomável
tes.
— Diga uma coisa, eles por acaso estão particularmente
mortos?
— Ah, sim. Bastante mortos.
— Imaginei algo nesse sentido quando percebi que dois de-
les estão segurando a cabeça sobre o pescoço.
— Continua perspicaz em suas observações, Hogar.
— E quando chegam ao outro lado do rio, o que eles encon-
tram?
O menino voltou o rosto para Hogar.
— Que tal entrarmos na água e descobrir?
— Que tal não.
E o anão começou a rastejar em marcha ré, afastando-se
das águas turbulentas conforme os mortos desapareciam ao
dobrarem as muitas curvas do rio. O menino foi seguindo-o,
achando graça e exagerando numa imitação dos trejeitos de
Hogar.
— Afinal, o que você está fazendo aqui? — perguntou o anão.
— Sou um espírito da selva, conforme já havia te contado.
Minhas incumbências incluem velar pelo mal estar de quem
adentra a região.
— Suponho que esteja me seguindo, como da outra vez.
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